sábado, 31 de julho de 2010

Meus amigos alemães




Uma boa surpresa desta viagem: conhecer melhor os alemães. Não sei se dei sorte, mas os que conviveram comigo aqui em Toronto são muuuuuuuuito legais. Tem a Alina, esta loira alta que está comigo no aeroporto. Dezoito anos, de uma cidade do norte da Alemanha, doce, tranquila, dei pra ela uma pulseirinha com bandeiras do Brasil que eu tinha comprado na feira da Torre de TV. Pronto, a menina não tirou mais o adereço do braço e se disse "metade brasileira". Minha amiga carioca apresentou a ela a música evangélica brasileira e ela adorou. Foi embora no sábado passado. Hoje vai embora outra "figura" alemã, o Sebastian, este do bonezinho. Vinte anos, de uma cidade perto de Frankfurt - nunca entendo o nome das cidades e ficou com vergonha de pedir para a pessoa repetir a terceira vez. Ficou 6 semanas em Vancouver e 6 em Toronto. Um garoto totalmente "da paz". Amanhã vou ao Zoológico com mais duas alemãs: Vipka e Nicole. E na segunda chega meu novo colega de casa, que também deve ser alemão. Depois de encontrar estes jovens, fiquei com mais vontade de conhecer a Alemanha.

O país dos educados

É impressionante como os canadenses pedem desculpas. E, obviamente, a gente se sente obrigado a pedir desculpas por tudo também. Um colega de escola paranaense disse que nunca falou tanto "sorry" na vida. Os canadenses fazem até piada disso. Aqui quem pisa no pé do outro pede desculpas e quem é pisado também pede! O ônibus e o metrô são os territórios do "sorry" por excelência. Mas 80% das desculpas são mera formalidade: a cara do fulano não mostra que ele está realmente arrependido de ter te empurrado ou passado na sua frente de forma brusca. Enfim...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Piada pronta

Já falei sobre o meu amigo coreano chamado Koo. Hoje conheci uma brasiliense (mora na 216 norte, a duas quadras de mim e eu não conhecia) chamada Shana. Vcs acham que eu deveria apresentar o Koo à Shana????Ou deixo eles se encontrarem naturalmente?????

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Em cima da hora


Criativa a maneira que uma emissora de TV daqui encontrou para mostrar que está sempre atenta aos fatos "em tempo real". Traduziu literalmente a expressão "breaking news". E colocou um carro se chocando contra o prédio.

O país dos porquinhos

Cada vez mais desconfiado de que esse pessoal aqui também não é muito chegado a água. Depois do futum no metrô, fiz mais uma descoberta: o banheiro não tem ralo. Logo, ninguém lava. É só um paninho de vez em quando. No dia em que cheguei, minha "mãe canadense" me mostrou o banheiro, ensinou a ligar o chuveiro (que fica em cima da banheira) e, num cantinho, apontou para um paninho verde-limo e uma garrafinha. E disse:"Sempre que vc acabar o banho, borrife um pouquinho para o chuveiro ficar cheiroso para o próximo". Resumo da ópera: eles cuidam só do cheiro, limpeza mesmo é só lenda. Já soube pelos meus colegas que tem casa em que as toalhas não foram trocadas em quatro semanas. A minha roupa de cama levou quase 4 semanas para ser substituída. Enfim, a diversidade é porca!

O país dos lagos




Esse povo aqui adora um lago. O lago Ontario faz as vezes de mar de Toronto. Ontem fui conhecer outro lago, chamado Simcoe. Lindo, grande, cheio de lanchas. Eu e um grupo ONU (Brasil, Irã e França) fomos a uma cidadezinha chamada Barrie, a 80 km de Toronto. Parecia uma cidade de praia tranquila, pessoas sorridentes, muitos cachorros (mais do que crianças), casas maravilhosas e gaivotas. Ô vidinha besta, sô!

sábado, 24 de julho de 2010

Noite de jazz


A despedida dos brasileiros que vão embora da escola hoje foi na sexta à noite, com jazz na rua. Fecharam parte da Queen Street East e em cada quarteirão tinha uma banda ou um grupo de jazz. Maravilhoso. E jazz aqui tem uma conotação beeeeeem ampla: até salsa tinha na parada. Não é muito difícil fechar uma rua, contratar grupos e colocar barraquinhas vendendo de porco assado a tatuagem de henna....Bem que a gente podia ter esse tipo de programa com mais frequência no Brasil!

Comida é pasto II


Fotos acima: eu e meu professor Anthony, um cara muito legal. E a turma da manhã, com predomínio dos olhos puxadinhos. Abaixo, a turma da tarde. A professora (Liz) não parece a irmã mais nova da Dona Benta? E reparem nas duas gêmeas francesas, Veronique e Laurence. A gente sempre pedia para elas sentarem no mesmo lugar, senão não dava para saber quem era quem.




Sexta-feira de despedidas na escola. Três pessoas da turma (dois brasileiros e uma tcheca) estão indo embora neste sábado. E a partir de segunda, mudam as turmas e os professores. A sessão de fotos foi demorada.
Um grupo de 8 estudantes fomos almoçar juntos. Bagaceira total! O restaurante se chama Mandarim e tem um apelo sugestivo:"All you can eat". Paga-se $ 12 e pode comer quanto quiser. O problema é a oferta: são oito "ilhas" de comida, com tudo o que vc puder imaginar. E as pessoas querem comer o tanto que acham que compensa o gasto. A certa altura, adverti meu colega coreano que não queria levar ninguém para o hospital. O animal comeu 5 pratos de comida e 2 de sobremesa. Quando soube que só faltavam 20 minutos para o restaurante fechar, outra coreana deu um salto mortal duplo e em 30 segundos estava na "ilha" dos doces. Trouxe comida para 20 pessoas e com mais 2 ou 3 pessoas, raspou o prato. Credo! Tive que andar uma meia hora para fazer a digestão.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ô, coitado!


Notícia nos jornais gratuitos canadenses hoje: esse urso adolescente apareceu numa cidadezinha da província de Ontário com a cabeça presa em uma jarra de plástico. O coitado está sem comer e beber há um tempão e ninguém conseguiu desentalar o bicho.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

China ou 25 de março???







Chinatown é Chinatown em qualquer lugar. Aqui fica na Spadina (Espadáina) Ave. e parece um pouco a 25 de março de São Paulo . Muita mercadoria na calçada pra vender, a maioria não tem cara de que dure mais de um mês, mas me garantiram que dura. As frutas das mercearias também ficam na calçada. Tem de tudo: de tangerinas lindas a frutos com espinhos que parecem trazidos do planeta Alfa Centauro. Tem umas patisseries de chinês com vários doces. Não gostei da cara de nenhum, me pareceram estarem na prateleira há alguns dias. Sistema self service com bandeijinha e pagamento no final. Não, não, meus dólares canadenses não serão investidos em produtos da Spadina. Fica pra próxima!

Comida é pasto

Café: água suja. Tem uma versão gelada que faz sucesso nas lanchonetes - iced coffee - mas é horrível! Hoje tomei um expresso e senti gosto de café de verdade!
Arroz: sem sal
Frango: o de casa é bom. O da rua depende. Comi arroz com frango num fast-food tailandês ontem. O frango tava com consistência de sola de sandália Havaiana (nunca comi, mas foi o que me veio à cabeça)
Abacaxi: mais amarelo e menos ácido que o nosso. O talo é mais molinho, dá pra comer.
Melão: tão amarelo quanto o abacaxi
Milho: beeeem mais doce
Mandioca: tem uma coisa aqui parecida, não entendi o nome, mas gostei
Morangos: gigantes
Suco: parece Ki-suco, mas eu gosto
Água de coco: vendida em latas compridas, com pedacinhos de coco dentro
Refri: Coca Zero é coisa rara
Cerveja: bem light. Os brasileiros reclamam.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Com colarinho

Foto acima: um iraniano, uma russa, uma alemã e uma pernambucana. Foto abaixo: um francês, uma carioca e uma paulista.


Uma estripulia saudável: um grupo trocou o plano inicial, ir ao cinema, por um outro mais adequado à temperatura local, tomar cerveja. Pedimos um jarrão numa cervejaria chamada The 3 Brewers, um bar que fabrica sua própria cerveja. A gente já tinha almoçado lá no sábado (as fotos são de sábado) e fizemos uma mini degustação (bandeijinha com quatro copinhos com as versões loira, vermelha, preta e de trigo). Hoje escolhemos a loira tradicional. Uma jarra deu pra cinco com folga - afinal, todos tinham "dever de casa" pra fazer. Trouxe um descanso de tulipa de recordação!

Haja diversidade cultural!

Pela segunda vez, me deparo com uma cena insólita no banheiro masculino da escola: enquanto alguns de nós escovamos os dentes, depois do almoço, um rapaz da Arábia Saudita, calçando chinelos, lava o pé na pia, sem cerimônia alguma. Visão desagradável aquela água preta escorrendo.....Tento respeitar a diversidade, mas às vezes é difícil.....

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Meus amigos coreanos IV

Hoje fui apresentado a um coreano chamado Koo. Pronuncia-se cu. Precisa dizer mais alguma coisa? O menino já apertou a minha mão rindo, porque já traduziram o nome dele. Vi o Koo subindo a escada depressa, o Koo no elevador, o Koo na máquina de refrigerante. Pelo que observei, o Koo é muito popular na escola, principalmente entre os brasileiros.

Hare Baba!




Sábado no centro de Toronto - um desfile indiano. Carros alegóricos pareciam saídos diretamente da Sapucaí. As ruas sugeriam o que deve ser Nova Délhi. O samba-enredo? "Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare". Pelo menos a percussão estava animada e os carros ricamente decorados. Só os motoristas não gostaram de ter o trânsito interrompido ao meio-dia.

Ô coisinha tão bonitinha do pai....




Foi ao som de Beth Carvalho, Alcione e Clara Nunes que passei a tarde e a noite de sábado. O festival de cultura brasileira "bombou", e uma turma formada por uma russa, uma alemã, um iraniano e três brasileiros sambou até suar. O grupo que se apresentou na tarde de samba se chamava Sambacana e, imediatamente, nos lembramos do Sambabaca do Casseta & Planeta. Na noite de sexta, no coquetel de abertura, comi quindim e bolinho de bacalhau. Mas o melhor foi a música, a multidão sentada na grama (artificial) e a gente berrando "Não deixe o samba morreeeeeeeeeeeeeeeer" como se fosse a última roda de samba da face da Terra. Banzo é isso aí!

sábado, 17 de julho de 2010

Colegas que se vão....


A primeira colega do grupo "dos mais chegados" a ir embora. Tigui (ou Digui, ou Tidi, em 3 semanas convivendo diariamente, não consegui entender direito o nome dela). É a globalização em pessoa: filha de tibetanos, mora perto de Zurique, na Suíça. Fala umas 5 línguas e veio aperfeiçoar o inglês. Doce, educada e linda, parece uma Miss Tahiti. A foto não faz jus à beleza dela. Característica principal: faz caretas o tempo todo, mostrando desaprovação, susto ou dúvidas com o inglês. Fez uma careta quando eu respondi minha idade para ela. Fez outra quando o meu colega coreano disse que gostava de mulheres baixinhas e gordinhas. É a careteira mais bonita que já conheci.

Feijão preto + farinha = manjar dos deuses


Não tenho aula à tarde nas sextas-feiras. Portanto, é o dia de almoçar com calma, longe da escola e experimentar novos restaurantes. Ontem, o cardápio foi bem conhecido: um grupo de brasileiros e uma alemã fomos ao Copacabana, a 3 quadras da escola. Buffet de saladas, arroz, feijão preto (depois de três semanas no Canadá, pra mim é como se fosse lagosta), farinha. Cada um pediu uma carne. Claro que todos escolheram picanha. A minha veio com sanguinho e tudo. Só fui comer de novo as 21h.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Tamborins e afins

De amanhã a domingo tem festival de música brasileira no porto de Toronto. Anunciados shows de Mallu Magalhães e Laura Finocchiaro. O que me interessa, no entanto, é a programação de grupos de percussão. Tem escola de samba em Toronto, gente! Vou lá conferir, óbvio. Tudo "de grátis".

Só os óculos de fora

Na cidade multicultural, as burcas estão por toda parte. Confesso que me metem medo. Ontem estava tranquilo no metrô, quando entraram duas moças? (senhoras? homens? não dá pra garantir nada) cobertas de preto da cabeça aos pés. Só os óculos apareciam. E ainda estavam com luvas pretas. Sentaram bem do meu lado. Falavam uma língua que não era árabe. Me deu um frio na espinha. Mulheres-bomba? Dei graças a Deus quando a minha estação chegou. Geralmente, tendo a aceitar as diferenças culturais-religiosas-étnicas sem problema nenhum, respeitando cada particularidade, credo ou opinião. Mas as burcas me amedrontam. Nunca mais vou me esquecer da mulher de burca com um carrinho de bebê num trem entre a Suécia e a Dinamarca, em 2008. Tenho pena delas. E medo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Meus amigos coreanos III

Essa ouvi de Toguin, um dos coreanos que estão ao meu lado nas aulas matinais. No livro de inglês, fotos e textos de várias cidades turísticas do mundo. Uma do Rio. O coreano vira pra mim e pergunta: "Quem é essa mulher enorme de braços abertos?". Respiro fundo e respondo:"Esta é a estátua de Jesus Cristo". E ele: "E quem é esse Jesus Cristo?". Desisto e abrevio o papo: "Não dá pra explicar em 30 segundos. Depois te falo quem ele é". E eu que pensava que JC era famoso...

Melhor amigo dos outros;meu,não!

Toronto adora cachorros. Eles estão em todo lugar. Semana passada, passei por um na estação de metrô que parecia um urso polar! Dentro do trem do metrô, dois estavam quase se engalfinhando - e os donos nem aí, não era com eles. Meu amigo Sidrônio, brasileiro que mora aqui há quase um ano, diz que os vizinhos se apresentam e dizem o nome do marido, da mulher, dos filhos e do cachorro. E ai de você se não se lembrar do nome do animal no próximo encontro! Hoje me deparei com uma cena bizarra: um homem brigando na porta do cinema porque queria porque queria que um cãozinho assistisse a um desenho animado no seu colo. Cheguei a pensar que a bilheteiria fosse fraquejar. Mas, graças a Deus, o bom senso falou mais alto e o homem teve que escolher entre o filme e o cachorro. Alguma dúvida de que escolheu o cachorro??

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Bondinho


...ou streetcar, como chamam aqui. São sempre vermelhos, andam no meio das ruas, no sentido perpendicular às linhas do metrõ. Ou seja: só fica a pé quem quer. Muito charmosos!!!

Mais uma bebida


Esta eu não conhecia: Guaraná Brazilia (com z, puxa vida!). Foi parte da minha refeição-banzo em Toronto. Ok, guaraná um pouco mais ralinho do que o normal. Experimentei mais pela novidade.

Um pouquinho de Brasil ai ai....











Domingão de sol pela manhã e chuva à tarde. Final da Copa troando nos televisores por toda a cidade. Dia ideal para conhecer onde se concentra a comunidade brasileira de Toronto. Está junto com a portuguesa, esta bem mais numerosa. Placas em português (em alguns casos, mau português), carros coloridos e restaurantes tentadores dominam a paisagem de Dundas Street West, o reduto da língua pátria. Eu, uma brasileira e um iraniano-canadense que já morou em Piracicaba (olha a globalização aí, gente!) nos aventuramos por picanha com farofa. A picanha tava "marron" (mais ou menos), a farofa estava gostosa, muito arroz e feijão e me deu o primeiro banzo da temporada no Canadá (homesick, como eles dizem aqui). Nem quis comer pudim de leite condensado de sobremesa para não piorar a saudade. Nas paredes do restaurantes, galerias de fotos em preto-e-branco. Como os donos são mineiros, numa galeria tinha jogadores de futebol da época de Toninho Cerezzo e Reinaldo (direto do túnel do tempo). Noutra parede, artistas em geral: de Os Trapalhões na formação original a Clara Nunes, de Tony Ramos bem novinho a Rita Lee dos anos 80, de Ivete Sangalo a Fernanda Montenegro. Na parede mais próxima da minha mesa, imagens de cidades brasileiras: num quadrinho pequeno, a bacia da Câmara em primeiro plano. Haja coração!!!!

domingo, 11 de julho de 2010

Grandes circulares




Uma das coisas que funciona relativamente bem aqui é o transporte público. A conexão entre ônibus, metrô e bondes (streetcars) é perfeita. Ninguém anda muito para encontrar um transporte. Para quem fica muito tempo, como eu, bom negócio é comprar o Metro Pass. A princípio parece um absurdo de caro ($ 121 o cartão mensal), mas te dá direito a viajar quantas vezes quiser durante um mês. Como a passagem unitária custa $ 3, apenas 40 viagens já pagam. Bem, 40 viagens é só o que eu faria indo e voltando da escola. Vc entra no ônibus ou no bonde e mostra o cartão para o motorista. No metrô, passa o cartão na catraca.
Mas nem tudo é perfeito:

. nos fins de semana, os ônibus demoram a passar
. quem paga em dinheiro tem que ter os $ 3 exatos. Como não tem cobrador, não tem troco.
. muitos ônibus sujos, com copos descartáveis e jornais velhos deixados pelos passageiros
. os passageiros entram pela frente e vão se amontoando. O motorista tem que falar toda hora para as pessoas irem para a parte de trás, para que os novos passageiros possam entrar. Todo dia tem estresse.
. o povo fala alto no celular dentro do ônibus sem a menor cerimônia.

Qualidades:

. paradas de ônibus de vidro, que protegem do vento e da neve no frio e garantem a sombra no calor
. terminais pequenos de ônibus dentro das estações do metrô, para fazer as conexões
. ar condicionado nos ônibus
. um letreiro diz o nome das ruas transversais para orientar os passageiros; uma gravação acompanha o letreiro

Meu ônibus habitual é o 34. Viagem de 25 minutos sempre na mesma rua (Eglinton Ave.), pego ele na esquina de casa e o colégio é na mesma rua. As avenidas aqui são imensas. Já estou quase decorando as tranversais durante o trajeto.
Ainda não vi ninguém dar sinal para o ônibus. Pelo jeito, eles param sempre. Não sou eu que vou dar uma de caipira por aqui.....

sábado, 10 de julho de 2010

Aaaaaaaaaaaaaaargh!!!


Só porque falei bem do Canada Dry, hoje paguei a língua. Lembrei da minha amiga Regina e resolvi "experimentar novos sabores". A bebida em questão era uma gororoba azul com gelo, numa barraquinha da praia, que a mulher disse ser blueberry. Resultado: 600 ml de um negócio doce, mas doce, que além de enjoativo congelou alguns dos meus neurônios, com certeza. Tirei uma foto usando a minha colega carioca Tati como seguradora do copázio. Ok, novos sabores, já experimentei, não preciso mais passar por este sabor nesta encarnação. Ah, informação de utilidade pública: o nome do gremlin é Slushie!

Sabadão Canadense II







Em frente à praia, uma piscina pública. Água menos fria, ripas de madeira para o banho de sol. Muita gente, mas as piscinas são organizadas: um para saltos ornamentais, uma enorme para as crianças e a olímpica. Nesta raias divididas com placas para quem quer nada mais rápido, velocidade média ou mais lenta. E uma área para a "recreação". Salva-vidas por todos os lados. Vestiários enormes. Quando saí, tinha fila na porta - eles limitam o número de frequentadores, para não dar superlotação.

Sabadão Canadense I











Fui ver o que é a praia de Toronto - praia do Lago Ontário, bem entendido, porque aqui não tem mar. Agua gelada com pedras no fundo. Areia escura. Mas deu para bronzear e me divertir....Vendedor de praia? Tinha sim, mas numa versão mais chique. Nada de dindim, biscoito Grobo, mate Leão ou abacaxi cortado em cubos (como em Boa Viagem). Aqui eram dois rapazes vestidos de branco oferecendo laptops para a gente experimentar e depois comprar. Barraca de praia? Tinha sim, mas na versão barraca mesmo, de camping. O calçadão é de ripas de madeira. E tem banheiros públicos com espaço para tomar banho e mudar de roupa. Mulheres com biquínis grandes e homens com bermudões floridos - só eu e alguns muito velhos insistimos nas sungas. Muitos cachorros - como em todo lugar aqui em Toronto - e muitas crianças. Lanchas, jet skys, música hispânica no último volume. O lago é tão grande que se a gente abstrair, pensa que é mar.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O guaraná deles


Gostei da versão canadense do guaraná. É um refrigerante à base de gengibre e parece o nosso guaraná Antartica misturado com um pouco de soda limonada. Como todos os produtos aqui, a latinha tem um lado escrito em inglês e outro em francês. Quem tiver oportunidade que experimente o Canada Dry.

Azedinho.....

Calor insuportável para os padrões canadenses. Em Ottawa, a capital, fez 42 graus na quarta-feira. Em Montreal, o populacho lotou as piscinas públicas. Aqui em Toronto, haja protetor solar, porque o sol queima mesmo! Mas nem o calor faz este povo aqui ficar mais cheirosinho. Perguntei ao Anthony, meu professor, e ele foi categórico: um banho por dia é a regra. Aquele banho da manhã, antes do trabalho. Segundo banho, só em casos especiais, como um encontro profissional ou amoroso. Ou então depois do exercício físico. Fora isso, babau. O calor de 34 graus não está na lista das exceções. Resultado: ontem, ao entrar no trem do metrô na estação College, veio uma lufa de ar quente com um cheirinho meio azedo. Tive de aguentar durante 5 estações. Os trens normalmente têm ar condicionado, mas houve diversas panes em estações elétricas nesta semana por causa do calor excessivo. Sobrou para o meu nariz. Povo porco!!!!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Meus amigos coreanos II

Mais coreanos na parada. Chegou uma aluna nova, que disse ter 33 anos mas tem cara de 23. O nome dela? Pronuncia-se Ê Um (ê mizifia!!!). Com ela descobri mais uma curiosidade do mundo coreano: eles contam a idade diferente da gente. Um ano a mais: é a conta do tempo em que o indivíduo fica na barriga da mãe. Pode? E quem ficou só sete meses, como eu? Não interessa - me disse Ê Um. Eles arredondam tudo para um ano.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Vitória do dinossauro tecnológico!!!

Finalmente consegui colocar imagens feitas por mim neste blog!!!Fotos nas novas notas e também nas mais antigas. Quem tiver paciência para conferir.....

No meio do lago tinha uma ilha






















...que se chama Toronto Island. Um lugar maravilhoso, ferry-boat a US$ 6,50, boa comida na ilha, muito mato, os meio-ricos com suas lanchas ancoradas, etc.....Vejam as imagens. E vejam a multidão, tinha muitos indianos e árabes, como sempre. De lá, Toronto parece ainda mais bonita.

Parada Gay III - A Revanche





































Foram exatas 2 horas e 50 minutos de Parada Gay. Ou, como diria meu saudoso amigo Kildare, uma "surra de viadagem". Calor de 32 graus, sombra disputadíssima, dezenas de pessoas mais altas na frente, dificuldade de tirar fotos. Mas foi divertido! Parecia desfile de escola de samba - só que eles perderiam pontos na Marquês de Sapucaí, porque deixaram dois grandes "buracos" durante a apresentação. Nunca vi tanta bicha na vida e nunca vi tanta subdivisão no mundo gay. Tinha os policiais gays, os jogadores de futebol americano gays, os anglicanos gays, os católicos gays, os ateus gays, os judeus gays, os asiáticos gays, as enfermeiras lésbicas,todos arrumados em alas. Fiquei esperando os gays universitários descendentes de marroquinos ou as lésbicas que só cortam as unhas dos primeiros quatro dedos da mão direita. Haja individualidade! Destaques? Os velhinhos pelados que coraram os asiáticos e suas câmeras. Pra mim, no entanto, a consagração foi a bicha da bolha. Uma bicha vestida de lula (o animal marinho, óbvio) azul, balançando os tentáculos. Ela entrava e saía de uma bolha de plástico gigantesca. Dez! Nota dez! Pena que a multidão não me deixou fotografá-la. No final, drag queens e rapazes pra lá de "à vontade" se deixaram fotografar pelos turistas. E os bombados sem camisa foram tomar banho de espuma na Dundas Square (Dundas, com d, viu!). Hoje me disseram que Toronto quer se tornar sede da maior parada gay do mundo. Não duvido não.