terça-feira, 29 de junho de 2010

Parada Gay

É domingo a Parada Gay aqui. Mas a bicharada já está em polvorosa. Hoje fui ao centro e testemunhei cenas hilariantes. Fui com uma colega brasileira, andando na rua principal (Yonge Street). Ao atraversarmos uma transversal desta principal, o mundo mudou subitamente: bandeiras do arco-íris surgiram nas vitrines e gays e lésbicas invadiram as calçadas aos pares, trios, quartetos, etc...Pareciam saídos do bueiros de tão rápido que apareceram! Imagina no domingo como a cidade vai estar. Uma bicha na calçada me chamou a atenção: era como se o Chico Cesar pegasse emprestadas as roupas da Elke Maravilha. Dá para imaginar? Domingo estarei lá, de máquina em punho, para registrar...

Figuras no ônibus

Pego o ônibus 34 todo dia para ir para a escola. É claro que fico prestando atenção nas "figuras". Pela manhã, um negro passou os 25 minutos da viagem falando com várias pessoas no celular: ele usava o celular como microfone e um fone de ouvido. A impressão que eu tive é que ele falou as mesmas três frases a viagem inteira, coisas desconexas. A segunda frase sempre começava com "man, man" e a terceira com "man, man, man". Parecia um mantra. Uma figura negra e magrela, vestido como um cantor de rap.
Na volta, outra figura: uma mulher, também negra, sentou do meu lado cheia de pacotes. O cabelo dela é que era o tchan: parecia aquele lado verde da esponja de lavar panelas, só que a cor era vermelha.
Legal é ver o tratamento destinado aos "handicaped". Uma mulher com um carrinho super elaborado fez sinal para o onibus. O motorista parou, abaixou uma fileira de bancos, acionou uma rampinha. A mulher entrou e fez mil manobras para "estacionar" no ônibus. Alguns km depois, desceu. Todo mundo esperou, pacientemente.....

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Salada de gente

Se a escola em que estou estudando for um microcosmo do Canadá, então este país é mesmo uma salada de gente. Como na escola, nas ruas a metade das pessoas é coreana ou chinesa. Mas os brasileiros, na escola, vêm em segundo lugar. Hoje, pelo menos 10 estavam com a camisa amarela. Já fui apresentado a franceses, poloneses, espanhóis, alemães, russos, colombianos, mexicanos, árabes. Das mocinhas com véu ainda não tive coragem de me aproximar. os nomes dos coreanos são impronunciáveis, tanto que TODOS escolhem nomes ocidentais. Na minha sala da tarde tem uma chamada Mujinon (foi o que eu entendi), mas ela adotou Stella. O outro se chama Jason para os ocidentais, e não dá pra lembrar o nome dele. Uma coisa interessante: todo mundo tem sotaque forte. Não adianta achar que brasileiro é o único que fala inglês bem, nosso sotaque tb aparece. Os espanhóis falam "bery biutiful", os franceses falam "Torronto" e por aí vai. Entre mortos e feridos, todos aprendem inglês e convivem harmoniosamente. É claro que sou o "tiozinho" da escola, não tem ninguém de cabelos brancos entre os alunos...Ossos do ofício!

O massacre do frango empanado

Os primeiros sustos que a gente tem em um país estrangeiro acho que são com a comida. Meu primeiro almoço no Canadá foi num restaurante chinês. Um muquifo do lado da escola, a gente só tinha meia hora para comer. Do que a gente entendeu do velhinho chinês falando, eu pedi um macarrão fininho com um pedaço de frango empanado. O chinês colocou duas patocas de macarrão no meu prato, pegou o peito de frango com a mão e massacrou o coitado com uma espécie de foice. As brasileiras do meu lado fizeram cara de nojo. Eu comi com muito gosto.
Ontem, em "my homestay", já tinha experimentado um docinho suiço do qual não consigo repetir o nome. Souvenir do meu companheiro de casa, o Pascal. O doce é sem gracinha. Melhor são os morangos gigantes que minha mãe canadense serviu junto com um mamão e uma melancia dulcíssimos. Minha mama é super natural, tem salada todo dia e fruta de sobremesa. A massa corporal magra agradece!!!!

domingo, 27 de junho de 2010

Globalização


Chegada no Canadá depois de horas de aviões apertados. Minha "mãe" canadense tem 66 anos, é aposentada, de origem jamaicana e bem-humorada. Tem um rapaz suiço no outro quarto. E um árabe que veio jantar conosco. Viva a globalização! A reunião do G 20 aqui em Toronto só vi pela TV, e quase deu confronto entre a policia e alguns manifestantes. O prédio aqui tem 14 andares e é quase todo ocupado por imigrantes. Indianas chiques com seus sáris, indianos de terno e gravata vindos da mesquita. Ainda não vi um canadense daqueles que chegou com as caravelas (ou os barcos equivalentes dos anglo-saxões). Amanhã a aventura começa pra valer!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Aventura canadense


Como será a experiência de viver, por quase três meses, em uma cultura completamente diferente? A partir de 28 de junho, tentarei descobrir como vivem os canadenses, do que gostam, com que se preocupam. Estarei em Toronto por 8 semanas para estudar inglês e em Montreal por mais 4 semanas para aulas intensivas de francês. Língua, cultura, alunos de várias nacionalidades, estada em uma casa de família canadense. Enfim, uma aventura, que quero compartilhar da melhor maneira possível. Um diário da vida acima do Trópico de Câncer, que vai durar até 18 de setembro. Bem-vindos!